A fimose é o excesso de pele que dificulta a exposição da glande, popularmente conhecida como a “cabeça do pênis”. Ou seja, é uma “sobra” da pele que faz com que seja difícil – ou impossível – exibir a parte superior do pênis.
A fimose é comum em bebês e, geralmente, desaparece naturalmente com o passar do tempo. 94 % dos meninos nascem com fimose fisiológica e é esperado que aos 3 anos 90% das crianças tenham esta questão resolvida e aos 18 anos apenas 3 % necessitarão de intervenção cirúrgica. Por isso, é importante o acompanhamento com o pediatra da criança, porque caso essa condição não desapareça naturalmente, é necessário intervir.
O diagnóstico é feito através do exame físico, realizado pelo pediatra da criança. Através dessa avaliação, ele constata a impossibilidade de exposição da glande quando a pele é retraída. Então para ter certeza se o garoto possui ou não a fimose, basta que o médico pediatra tente retrair a pele que cobre a glande manualmente e sem resistência. Quando não é possível ver a glande, é feito o diagnóstico de fimose. Esse exame clínico é feito já na primeira consulta, ainda quando recém-nascido e faz parte da rotina de consultas com o pediatra até os 5 anos de idade da criança. Alguns sintomas acendem o sinal de alerta para uma consulta com o pediatra e/ou urologista, sendo eles:
· Dificuldade ao urinar, com dor ou ardência.
· Dor durante a ereção de jovens adultos.
· Secreção do pênis e mau cheiro, devido à dificuldade de higienizar corretamente a região.
· Sangramento, especialmente ao forçar a pele.
A aderência é um outro problema que, por muitas vezes, é confundido om a fimose, mas existe uma diferença básica entre as duas condições:
No caso da aderência, é como se houvesse uma cola na pele, que fica grudada na glande. A aderência cede naturalmente, sendo assim, não é necessário a intervenção cirúrgica ou outro tipo de tratamento.
Já no caso da fimose, é quando a pele aperta a glande e impede que ela seja exposta. Após o diagnóstico, o médico pode optar pelas seguintes abordagens não cirúrgicas:
· Pomadas – Elas possuem propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antibióticas, que deixam a pele mais flexível e assim, possibilitam que ela deslize e exiba a glande do pênis.
· Exercício de retração da fimose– Só devem ser realizados com a orientação do médico. Esse exercício consiste em retrair a pele que encobre a glande, sem forçar e sem gerar dor na criança.
Caso o tratamento com a pomada não tenha os resultados desejados em duas tentativas, a próxima alternativa é a cirurgia de postectomia. O pediatra irá analisar o caso e encaminhar para um urologista infantil, responsável por esse tipo de cirurgia.
A cirurgia de correção da fimose, denominada postectomia é um procedimento simples, que leva em torno de uma hora e a criança recebe alta no mesmo dia ou no dia seguinte e, geralmente, em 7 dias já pode retornar às suas atividades e rotinas diárias.
Se a família optar pela circuncisão por motivos culturais ou religiosos, esta deve ser realizada preferencialmente no período neonatal (30 dias de vida).
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